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Omicron: the sars-cov-2 strikes back

     ah sim, o cheiro de uma nova variante pela manhã.      antes eu não havia entendido exatamente o por quê do furdunço, e ainda estou tentando.        a primeira coisa, pelos dados e gráficos de Túlio de Oliveira, é que a a Omicron passou a dominar as novas infecções na África do Sul, atingindo 75% em duas semanas. E numa rinha de vírus com a Delta, que já arregaçou a África do Sul. Então isso sugere vantagem adaptativa. via Tulio de Oliveira  https://twitter.com/Tuliodna/status/1463911554538160130      Após isso, no site do nextstrain, eu vi esse belo e assustador cladograma, comparando o número de mutações na proteína Spike do vírus (fundamental para reconhecer os receptores das células humanas e para a fusão com a mesma) com as outras variantes, e a Omicron dá um banho com 35 mutações, fora as mutações de outras partes do vírus. https://nextstrain.org/ncov/gisaid/africa      Como a proteína Spike (espinho, razão do nome do vírus, "corona") é alvo de vacinas, que fazem o
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Inveja (de branco)

Eu não sou uma pessoa particularmente invejosa, sabe. O Rodrigo Hilbert conseguir fazer a capela Sistina com sobras de caixa de papelão, a beleza inalcançável do Michael C Jordan ou a genitália (e talento) incomensurável do William Dafoe não me incomodam, ao menos não conscientemente. Teve algum momento ali da infância, que por ter uma auto-estima merda e por ser muito sozinho, que meu ego dissociou minha auto-imagem do meio e ela virou um sistema (que se finge) adiabático. Então, ainda sim tenho um ponto fraco. Nesse prédio, alguns andares abaixo, tem um grandissíssimo filhodaputa que é pianista. É, isso mesmo, esse desgraçado fica tocando piano sublimamente, sem um fucking erro, coisa que sempre foi meu sonho e que eu quase consegui atingir há alguns anos. Comprei primeiro um teclado e depois um piano digital usado e, em suma, consegui aprender a ler e tocar, ainda que sem nenhum ritmo. Mas como Deus me desenhou com a mão esquerda, eu tenho uma tendinite muito forte em várias junt

7 a 1 e o absurdo brasileiro.

 Hoje é o aniversário do 7 a 1 e as palavras de Galvão "Por que? Por que?" olhando para os céus calam fundo em meu peito. Impossível não lembrar de Camus (?) e a sua solução para o absurdo, que é aceitá-lo sem resignação e revoltar-se. Mas aí eu me revolto contra o que? Contra a frieza de Kross? A maledicência de Khedira? Ou mesmo a ousadia lisérgica de Felipão, que colocou um garoto pré-pubescente para parar a Wehrmacht? Não sei. Tudo isso foi absurdo, e foi a segunda vez na minha vida que a realidade foi mais surreal que o sonho -  a primeira havia sido no 11 de Setembro - mas seria mais uma entre outras nos anos que viriam. Eu já invejei os jovem atuais que não eram consciêntes o suficiente pra entender (e lembrar) do nosso dia da infâmia, mas hoje acho que deveria ser o contrário. Talvez aquela humilhação fulminante, você olhar para o seu amigo e não saber o que dizer, enquanto a sua cunhada chora no sofá, tenha sido um batismo de fogo pro inferno dos últimos anos. Vice c